Na busca pela almejada “cinturinha de pilão”, muitas mulheres vêm perdendo a noção do bom senso. Este fato é percebido quando garotas começam a usar dia e noite um espartilho para afinar a cintura ou, em último caso, correm para a mesa de cirurgia impulsionadas pelo desejo de ostentar uma cintura fina.
Convenhamos, tal peça nunca entraria para a lista dos vestuários mais confortáveis. São bonitos, ajudam a modelar o corpo, porém não é nada cômodo. Então, pra que tanto esforço? O que motiva esta eterna busca pelo corpo perfeito?
Padrões vêm e vão, na Belle Epóque, por exemplo, já era cultuada a cintura mais afunilada. Muitas já tiravam a costela flutuante para obter o resultado desejado e ainda hoje isso é feito. Como também houve períodos da história em que a mulher deveria ser mais gordinha para ser considerada bonita.
Em entrevista ao “Fantástico”, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, reconhecido mundialmente, alertou: "A retirada de um órgão, que o organismo colocou sabiamente para proteger qualquer agressão externa, é um absurdo. É uma cirurgia fácil de fazer, mas mutilante, e não deve ser feita".
O preocupante é que, mesmo com este mundo recheado de informações, a vaidade feminina está perdendo os limites.Em um período em que modelos são celebridades e photoshop é sinônimo de capa de revista masculina, ter um corpo esbelto tornou-se requisito básico na vida de quase todas as mulheres. Quantas não sonham com uma cintura à la Thalia? Sim, estou falando da eterna Maria do Bairro.
Algumas pessoas podem culpar a mídia, o consumo a publicidade. Isso é fácil. Procurar entender seus reais motivos e tentar enxergar este outro lado é que é difícil. Tudo parece ser em nome da beleza, mas será que é só isso mesmo?
Desde criança as mulheres são expostas ao tipo de corpo perfeito, ou será que você teve uma Barbie gorda? Eu não. Todas que tive eram magérrimas, com uma cinturinha de fazer inveja em qualquer Gisele Bündchen. Mas, quando crianças ainda não temos tanta vaidade, quando crescemos é que ela aparece. Algumas mulheres conseguem equilibrar uma vida saudável e um corpo razoavelmente bom, enquanto outras partem para uma desenfreada busca pela perfeição. Sem limites, comprometem a saúde e até mesmo a beleza que tanto almejam. Todo excesso é prejudicial.
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