Dizer que os adeptos da Body Modification pertencem a uma tribo é até trivial. Agora dizer que alguns uniram-se em uma só fé e criaram uma religião já não é algo tão comum. Mas foi isso mesmo que aconteceu nos Estados Unidos quando Steve Haworth fundou a “Igreja da Modificação Corporal" (CoBM, na sigla em inglês).
Reconhecida legalmente pelo governo norte-americano, a igreja tem três “linhas ministeriais”: mente, corpo e alma. Desta forma, a prática das modificações reforçam estes pilares que, inclusive, é tatuado nos líderes da congregação.
A igreja ficou conhecida após uma funcionária ser demitida de uma grande rede de supermercados, em 2001, por se negar a esconder um piercing de sua sobrancelha. Ela então decidiu denunciar a empresa por tê-la demitido sem justa causa e ainda defendeu sua posição afirmando pertencer à igreja CoBm. Logicamente, sua atitude não obteve sucesso no tribunal, em contrapartida o caso teve repercussão e a igreja ganhou publicidade gratuita.
Outro fato que levou ao seu reconhecimento foi ela ter se envolvido em diversos escândalos por questões econômicas. Alguns internautas denunciaram a falta de transparência da igreja em relação às doações recebidas pelos seus membros. Além disso, dois ministros/padres/pastores (qual será a definição?) foram presos por realizar cirurgias sem autorização. Houve até campanha de arrecadação com venda de camisetas, mas o destino do dinheiro nem Deus ficou sabendo. Há mais mistérios entre esta igreja e os céus do que sonha a nossa vã filosofia...
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